MARCELO SILVEIRA

“Átrio” 2016

Arquitetura reproduzindo o átrio da Casa Grande da Usina de Arte.
O projeto nasceu da realidade de uma casa, a “ Casa Grande”, que é a casa principal Usina Santa Terezinha. Assim, atraindo muita curiosidade por parte das pessoas que trabalham na propriedade que queriam saber como era o interior da casa. O projeto inicial de Marcelo era abrir real e conceitualmente a casa para permitir visitas onde ele pensava em organizar algumas exposições. Como o átrio tem várias entradas e acessos independentes, ele achou possível imaginar um espaço de visitação desse tipo. Como a logística parecia complicada, o artista então imaginou refazer fielmente o espaço do átrio, em outro espaço do parque da Usina. Como tudo se reveza neste átrio da casa-grande, com a “reprodução” dá-se uma maior amplificação e conversação. Por exemplo, as aberturas funcionam como molduras para a paisagem, como uma coleção de paisagens, um novo espaço de contemplação. O átrio é um ponto de encontro, e por conta de sua boa acústica, hoje também permite a realização de eventos.


Marcelo Silveira
Gravatá, Pernambuco, 1962
Vive e trabalha em Recife, Pernambuco
nararoesler.art/artists/48-marcelo-silveira A prática de Marcelo Silveira parece questionar categorias pré-estabelecidas, ao desafiar e tensionar definições aparentemente consolidadas de escultura, instalação, arte popular, artesanato e colecionismo. Sua produção move-se a partir do interesse pela materialidade. Tudo pode ser objeto de trabalho: madeira, couro, papel, metal, plástico e vidro são apenas alguns dos elementos explorados. Contudo, também é fundamental a configuração por eles assumida, que pode ser criada a partir do repertório formal comum àqueles objetos – garrafas e copos de vidro, por exemplo – ou pela recriação de formas familiares e comuns em matérias inesperadas – como Silveira faz com a madeira, por exemplo.