JOSÉ RUFINO

“Tempus Fluvium” 2015

A obra, montada na parede externa do Hangar, é o perfil do Rio Jacuípe, da sua nascente ao seu desaguar no Una, todo composto por peças encontradas na oficina (porcas, parafusos, chaves de fenda...). Uma réplica em ferro da cadeira do Coronel José Pessoa de Queiroz, fundador da Usina Santa Terezinha, recebe o rio Una, feito de ferro, como símbolo do fim de um ciclo.

“Hangar José Rufino” 2015

Rufino num processo frenético de produção ocupa o antigo hangar do avião da empresa, ali fazendo pousar sua instalação permanente, sendo o espaço batizado de Hangar José Rufino. A instalação com desenhos e esculturas aborda questões da Usina Santa Terezinha, trazendo à reflexão histórias de trabalhadores desde o corte da cana, operários da indústria, das atividades correlatas, enfim tantas vidas dedicadas à produção açucareira, famílias que ali viveram , seus sacrifícios e esforços , suas memórias ali homenageadas através do resgate de materiais antes abandonados no fundo do antigo almoxarifado, hoje ressignificados em obras de arte.


José Rufino
João Pessoa, Paraíba, Brasil, 1965
Vive e trabalha em João Pessoa
Artista, doutor em geociência e professor de artes visuais na Universidade Federal da Paraíba. Nos anos 1980 desenvolveu sua jornada artística passando pela poesia, poesia concreta e visual, arte postal, ao mesmo tempo em que se dedicava a pintura e ao desenho, até chegar as grandes instalações. O universo do declino das plantações da cana-de-açúcar no nordeste do Brasil conduziu seu trabalho inicial. Desde então, diálogos dicotômicos entre memória e esquecimento, opulência e decadência ou publico e privado contaminam sua obra.